O implante

Implante Humano
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Todos ainda nos lembramos do velho Boletim de Vacinas, do plastificado Bilhete de Identidade, da desdobrável Carta de Condução, do enxovalhado Cartão de Contribuinte, do desnecessário cartão da Segurança Social e do número do Cartão do Liceu.

Apenas em 2007 é que a luz surgiu ao fundo do túnel quando Portugal criou o Cartão de Cidadão. Este novo cartão veio suprimir em parte a entropia de muitos cartões desnecessários  e na altura  até gerou alguma polémica, mas hoje todos temos a noção que foi um importante passo para a modernização do País.

O nosso País era – e ainda é – um País de muitos cartões refém de serviços públicos obsoletos em que  para se manter empregos e serviços retrógrados insiste-se em números de identificação próprios para tudo.

Hoje a tecnologia veio mostrar ser possível resumir toda a informação de um cidadão numa simples base de Dados e embora o Cartão de Cidadão fosse o primeiro passo é necessário continuar a simplificação do Estado o mais rápido possível.  E é por tudo isso que hoje sou um obstinado adepto da tecnologia de implantes de ampolas biotecnológicas RFID em seres humanos como forma de proteção económica e social.

Não tenhamos dúvidas que a Lei n.º 58/2019, mais conhecida como a Lei de Proteção de Dados, é tacitamente obsoleta porque todos nós temos  a noção que nos dias de hoje os telemóveis, os GPS, as camaras CCTV e os nossos computadores domésticos sabem quem somos, onde estamos e controlam toda a nossa vida, por isso nem é preciso muita coragem política para se dar o próximo passo.

Num mundo de grandes transformações climáticas e de propagação de pandemias, a mitigação dos fenómenos passará pela inibição do dinheiro em papel e pela supressão de quaisquer cartões reduzindo ao mínimo os contactos e as transferências físicas. Bastará um implante eletrónico inserido na mão entre o polegar e o indicador para qualquer ser humano ser localizado, ser identificado, ou fazer qualquer transação financeira.

E antes que seja considerado socialmente assustador, não se confunda a tecnologia da identificação humana com o Admirável Mundo novo de Aldous Huxley. Imagino apenas um futuro em que para pagar um jantar, ser identificado pela Polícia, ou ser encontrado em caso de acidente seja simples e imediato. Imagine-se para a economia global passar aeroportos em segurança, sofrer um acidente e ser logo localizado, levar de férias todo o histórico patológico para qualquer hospital do mundo. Já alguém fez as contas de quanto custa aos contribuintes procurar um desaparecido durante dias, meses, ou anos? E se estará vivo ou morto?

Os defensores das conspirações e os tementes da privacidade vão argumentar que poderá estar em causa a garantia dos direitos e da liberdade dos cidadãos porque qualquer Governo poderá localizar qualquer dos seus cidadãos, estejam eles onde estiverem e que nada distinguirá um honesto cidadão de um simples criminoso com pulseira eletrónica.

A verdade é que, enquanto os Portugueses discutem o que vão comer ao almoço, na Suécia dá-se os primeiros passos na utilização de Implantes de identificação em Humanos investindo no desenvolvimento de um promissor sistema de Implantes ao qual mais de 4000 suecos já aderiram.