Arroz de Carqueja com Coelho Frito

Arroz de Carqueja sem nexo
63
5

Devido aos inúmeros pedidos – na verdade foram apenas dois!😁 – revelo aqui a minha receita secreta de arroz de carqueja.

O primeiro desafio deste prato é apanhar a Carqueja fresca sem se picar. A picadela é dolorosa por isso recomendo que se arranque as flores ainda no arbusto com muito cuidado e no fim corte-se com uma tesoura ou podão duas a três pontas do talo da carqueja já sem a flor. As flores são comestíveis, de textura macia, mas cruas possuem um gosto acre que não é do agrado de todos.

Para o arroz faz-se um chá com as pontas verdes deixando ferver por 2 minutos e que se reserva. Num tacho deite um dente de alho e uma colher de sopa de azeite por cada pessoa. Para quatro pessoas junte uma cebola pequena picada e deixe alourar sem nunca queimar. Junte o arroz e frite-o no azeite por 2 minutos, mexendo sempre para não colar.

Para uma chávena de arroz junte depois duas chávenas e meia do chá de carqueja previamente coado – não vá o diabo tece-las e cair um pico de carqueja no tacho 😂 –  e depois junte sal q.b.

Para este prato eu uso o arroz Basmatic porque gosto da textura e do aspeto final e quando a água começar a desaparecer do tacho junte as flores da carqueja e misture suavemente. Desligue o fogão e deixe a flor absorver os sabores no calor do tacho.

O Coelho é muito mais simples. Antes de fritá-lo em óleo, o coelho deve ser previamente escaldado por 5 minutos com orégãos, segurelha, pimenta, louro, alecrim e sal, e depois marina-se durante uma noite com vinho branco, alho e sal.

Para os lambões que ficam preocupados com o colesterol do coelho frito, fica a informação que a carqueja é um poderoso diurético, com excelentes propriedades hepáticas que compensam o óleo saturado 😉.

Esta receita deve ser acompanhada por um bom tinto.