Os inúteis

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Todos os projetos nascem com uma ideia e o seu sucesso depende da gestão eficaz das suas tarefas. Nos dias de hoje, e dependendo da sua complexidade, recorre-se a ferramentas expeditas como softwares de Gestão e Planeamento do tipo Gantt para programar as tarefas necessárias à sua boa execução. Se estas ferramentas  são de utilização quase banal, elas pecam  por não estarem preparadas para o cenário de existirem inúteis nos  Workflows, e por isso falham.

Por muito que nos custe admitir, é um facto inegável que todas as empresas têm os seus inúteis, e todos nós já temos a noção dos danos que um inútil pode provocar na execução de um Workflow. E para que fique claro, nas organizações consegue-se distinguir quatro classes de inúteis: o Distribuidor, o Idiota, o Negligente, e o Sabotador.

De todos os inúteis, o Distribuidor é o menos perigoso  porque é aquele que foi inserido na cadeia apenas por ser importante, mas felizmente na maior parte das vezes a sua tarefa é fácil e resume-se a encaminhar o Workflow para a Task seguinte do projeto. Normalmente este tipo de inútil não acrescenta nada de novo mas consegue executar a sua tarefa no tempo programado.

O inútil seguinte, é o Idiota. O Idiota é aquele que nem devia estar ali, isto é, é o que não tem sequer capacidade para distinguir as tarefas prioritárias umas das outras, ou seja, o Idiota não interrompe uma tarefa de um projeto  em curso para executar uma outra  mais simples de um outro projeto, e em consequência disso, até um simples encaminhamento de um Workflow que se costuma despachar em minutos pode demorar semanas a ser executado.

Já o Inútil Negligente, faz jus ao adjetivo, e é aquele que limita-se a copiar soluções de outros projetos e a cola-las sem perceber muito bem o que está ali a fazer.  Normalmente este tipo de inútil em vez de resolver um problema, cria dois, ou seja, obriga os seguintes a pararem tudo para refazer toda  tarefa  anterior de inicio

Mas o mais perigoso dos inúteis é, sem dúvida, o Sabotador. O Sabotador é o mais inteligente de todos os inúteis, e sabe o que faz. Normalmente estende o mais possível a execução da tarefa da sua responsabilidade porque tem a perfeita noção que as tarefas seguintes ficam comprometidas, ou seja, os tempos de execução das tarefas seguintes tornam-se mais curtos e críticos e consequentemente a probabilidade de falha dos que lhe seguem é muito superior.

Com tudo isto já todos percebemos que um inútil  é um grão de areia na engrenagem de um projeto, mas definitivamente o maior problema dos inúteis  é o risco de contaminação.  Isto é, existe um grande  risco dos poucos úteis que restam na organização se transformarem em consagrados inúteis. E verdade seja dita, ser inútil é mais cómodo, dá menos trabalho, e menos chatices.

Se nas empresas privadas existem ferramentas legais para nos livrarmos dos inúteis, nas empresas públicas a solução mais fácil parece ser despacha-los para outros serviços, e é por isso que não é de estranhar que nalgumas instituições o número de inúteis cresça de dia para dia.

estão e Planeamento de Projetos