O Perfume

Os perfumes são das poucas coisas da vida que me passam ao lado. A Cristina, ao contrário de mim, adora perfumes, mas a sua lista é comedida pelos seus preços exagerados. Sei que no topo da sua lista dos inacessíveis está o J’Adore da Dior, o Beautiful da Estée Lauder e o Poême da Lancôme, mas o mais engraçado é que entre eles, está o preferido e acessível, White Jasmine da Zara.

Embora ela adore perfumes detesta que eu use qualquer tipo de perfume. Alega que os homens querem-se a cheirar a cavalo porque é mais másculo, bruto e rude.

Homens a cheirar a Cavalo não lembra a ninguém! O cheiro a cavalo deve ser qualquer coisa entre bosta de vaca e a caca de galinha, e na verdade, é conhecido por ser um mito machista porque está provado que o cheiro das hormonas sexuais masculinas são desagradáveis para a maioria das mulheres.

Mas se nisto dos cheiros é tudo muito estranho, o melhor de tudo é que existem perfumes que incluem feromonas na sua composição com o objetivo de atrair o sexo oposto. O aparecimento da Hediona veio revolucionar a indústria dos perfumes, e segundo alguns estudos, a Hediona mexe com a líbico e com o hipotálamo das mulheres.

Mas o negócio dos perfumes funciona bem é nos homens, porque não são raros os casos, daqueles que compram o mesmo perfume para as mulheres e para as amantes para encobrir o adultério.

Felizmente ou infelizmente, a pandemia da COVID-19 veio alterar o negócio dos perfumes, e alguns velhos hábitos. E o bom, é que agora todos cheiramos a Álcool Gel 70% e ninguém nos pergunta o nome do perfume que estamos a usar.