Os Voyeurs das Redes Sociais

Os voyeurs das Redes Sociais sem nexo
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As redes sociais sobrevivem das relações virtuais entre milhões de pessoas, daquilo que elas fazem, do que têm, de como vivem, ou seja, de quase tudo um pouco.

Todos nós somos curiosos, uns mais, outros menos. No limite extremo da curiosidade vive o voyeur, e descobrir um atrás de uma duna numa praia de nudismo é mais fácil do que atrás de um teclado. E acreditem, lá que eles existem, existem!

O voyeur social reconhece-se facilmente por tentar passar despercebido, não publicar nada de nada, e não gostar nada de nada.

Os mais sonsos até publicam a sua foto e o seu verdadeiro nome num perfil que não diz nada de nada muito ciosos da defesa da sua imaculada privacidade e tacitamente convencidos que esta coisa do Facebook e do Instagram é uma foleirada da classe operária.

Os mais espertos inventam uma figurinha – de preferência feminina e bonita – que é logo aceite pelos mais distraídos, convencidos que a beldade está apaixonada por eles e que, com sorte, até pode ser um engate certo no Messenger.

Já algum de nós parou para pensar porque é que alguém quer ser seu amigo, se depois nem sequer acrescenta um ponto, uma ideia, ou uma vírgula, à pretensa amizade virtual? A resposta é simples. O voyeur social está ali apenas para observá-lo, para rir com os seus erros, e invejar os seus sucessos.

Claro que no lado oposto  dos voyeurs estão os exibicionistas, como a descarada da minha cadela que adora tirar fotos eróticas para as redes sociais.