Doze homens uma Sentença

12 Homens em Fúria sem nexo
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Deito-me sempre cedo mas durmo pouco e durante as noites de insónias vejo televisão sem som para não perturbar o sono da Cristina.

Não sou cinéfilo e nada que se pareça, e o importante para mim de um filme é gostar-se ou não. E foi assim que a meio de um zapping pelos canais da Cabo parei no início de um filme. O filme chamava-se “12 Angry Men”, e julgo que foi traduzido para português para qualquer coisa como “Doze homens uma sentença”. O filme começa num Tribunal de júri em que se julgava um jovem pelo crime de homicídio do seu pai à facada. E o filme realmente começa quando  o júri constituído por doze homens retira-se para deliberar.

E o filme, a preto e branco, de 1957 começa com a reunião da deliberação do júri num quarto fechado à volta de uma mesa. Embora Henry Fonda não seja um dos meus atores preferidos fiquei para ver o que dava, sem imaginar que o filme não sairia nunca daquele quarto.

E quando tudo apontava para uma deliberação unânime na condenação do criminoso, o jurado interpretado Henry Fonda levanta a dúvida da sua inocência. E a partir daí começam os diálogos e os discursos espetaculares, que faz de “12 Angry Men” um filme espantoso. E o que parecia ser um filme chato, não foi.

O filme de Sidney Lumet é simples. Não tem lapsos temporais na narração o que faz dele um filme empolgante, e como seria de esperar, um a um, os elementos do júri convencem-se da inocência do jovem. E apenas no fim sai do quarto fechado para um grande plano da saída de Henry Fonda do edifício do Tribunal.

O simples pode ser bonito.