Carlos Neves

Carlos Neves Funchal Madeira

Sou conhecido pelos amigos por ser uma pessoa com pouca paciência e por isso nasci à pressa numa noite de tempestade de uma terça-feira do dia 20 de fevereiro de 1962. Desde miúdo que gosto dos meus brinquedos eletrónicos e de  inventar coisas novas.

Quando alguém me perguntava o que queria ser quando fosse grande, eu respondia que queria ser médico ou piloto de helicópteros, mas como não gosto de ver sangue e tenho medo de andar de avião, acabei inevitavelmente na engenharia eletrotécnica.

No Liceu  tinha uma paixão pelo desenho e os meus gatafunhos sempre chamaram a atenção dos professores. Desenho com a mão esquerda e escrevo com a direita, e  sou ambidestro porque na escola primária da Rua da Carreira levei porrada do Professor Henrique para aprender a escrever com a mão direita. Agora chamam violência mas antigamente chamavam de educação persuasiva.

Embora goste de arte, deixei de desenhar definitivamente aos 18 anos quando  ao folhear um livro de Artes na cave da livraria Bertrand da Av. de Roma  descobri “Espanha” de Salvador Dali. Naquele dia o meu ego foi derrotado  por um génio. Eu nunca iria ser igual a Dali!

A partir desse dia reduzi-me à minha insignificância, desisti da arte, e  criei uma relação fiel para a vida com computadores. Mas como a esperança é a ultima a morrer, quem sabe talvez um dia volte a desenhar e a pintar.