Teses de Insipiência.

No outro dia, como não tinha nada para fazer, tentei ler uma Tese de Doutoramento mas não consegui chegar ao fim. Tirando as inúmeras e habituais referencias a outros autores e bajulações aos orientadores, tudo o resto era inócuo. Foi das piores que li.
No pouco que consegui ler, o candidato a génio não se inibiu de utilizar métodos equivocados que culminaram com uma conclusão aberrante (como se fosse a cereja no topo do bolo). Como é possível? Ninguém leu as aberrações que ali foram escritas? Foi ajudado pela IA?
Depois de milhares de carateres e de inúmeros gráficos Excel bonitinhos, a conclusão que cheguei é que o conhecimento do insipiente era ludibriante, mas brilhante para quem não percebe nada de nada.
Reconheço que há excelentes Teses de Doutoramento e que a maioria delas dão muito trabalho e dedicação, mas daí se concluir que estamos perante génios vai uma grande distância. Sinceramente, há Teses que deviam envergonhar as Universidades que as rubricam!
Para concluir. Há pouco tempo tive a oportunidade de participar numa Conferência Internacional e em conversa com um dos oradores – com quem participei num projeto comum – confessou-se ansioso e nervoso, pois presentes estavam os maiores especialistas da área.
Sorri, olhei para ele e disse-lhe para falar em dinamarquês, pois como a maioria não ia perceber nada, ia ser aplaudido. Agradeceu-me, dissertou em inglês e foi efusivamente elogiado pelos mais de quatrocentos conferencistas.